sexta-feira, 26 de outubro de 2012

POETA JORGE TUFIC RECEBE PREMIO RAUL BOPP DA UBE-RJ E O DEDICA AO ACRE

A solenidade está sendo realizada agora, 26.10.2012, 15h, na Academia Brasileira de
Letras. 

A União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro classificou o livro QUANDO AS NOITES VOAVAM  como o melhor livro de poesia publicado no país em 2011. De fato, Jorge Tufic é um dos grandes escritores brasileiros, autor de uma obra rara, dotada de linguagem lírica e de alta metáfora, sonora e imagística, flutuante e bem elaborada. Jorge Tufic tomou posse na Cadeira 18 da Academia Acreana de Letras, em 2005, em solenidade própria,inédita,aberta ao público e no plenário da Assembleia Legislativa do Acre, com seus parlamentares oficialmente convidados e presentes. 

Vitrais das noites e lendas visitam Brasília 

Meu verso é semente
lançada entre ruínas
e olhares de fábula.
(Jorge Tufic) 

Quando as noites voavam’ fazem chegar ao ápice o sentimento de ser acreano, brasileiro e pan-amazônico, da fraternidade universal, de Jorge Tufic, obra de sabores e saberes da vida. Prova-o o tempero da magnanimidade de seu gesto ao dedicar o prêmio ao Acre, sua terra natal. A "voz do poeta Jorge Tufic", lá, parodiando, já reverberara "nos vitrais das noites e lendas que cobriram de magia e encantamento o Auditório do Museu Nacional". Testemunha, Adriano Aragão, ao escrever o que viu.Diante de um público seleto, estudantes, jornalistas, professores, escritores, críticos, leitores, gente que ama a Poesia e as Artes de modo geral". Aqui, confrade Jorge Tufic, Academia Acreana de Letras, sua gente e raízes, no vão, filhotes de Cobra Grande voando em companhia de Boléka, a Onça Invisível do Universo. Sem a puçanga de Curupira para levar à UBE e ABL, no Rio, nossos cabelos, unhas, sangue. Nem etc. Na mesma atmosfera que permeia as estórias dos mais antigos habitantes da Hiléia.

De fato, “Quando as noites voavam, de Jorge Tufic, é livro para ficar, ao lado de Cobra Norato, de Raul Bopp, como obra-prima da literatura brasileira. E, naturalmente, para ser lido e refletido, agora. Antes que os rios morram de sede, os pássaros silenciem, a floresta tombe em definitivo. E o homem, sem Deus, sem esperança no coração, desapareça da face da terra – como um verme engolido pela serpente insaciável da ganância e do egoísmo em acumular riquezas."

Os comedores de roça sempre estão chegando.

Aqui,de noite tem gente que voa,sem moquém.Cuidado.Todo dia tem música em terra sem rabo, Diuruna voa para os cumes da cidade.


Clodomir Monteiro
Presidente da Academia Acreana de Letras